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Campanha contra a corrupção

  • agorasimfudeu
  • 8 de mar. de 2015
  • 3 min de leitura

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Às vésperas da convocação do movimento popular pelo impeachment da presidente Dilma, gostaria de levantar algumas questões que talvez sejam interessantes.


Percebo pelas redes sociais a insatisfação popular com todas as notícias sobre corrupção no atual governo. Nada mais justo. Porém, estranha é a indignação daqueles que dão a impressão que o Brasil era um mar de honestidade até então. Que Brasília era a cidadela da justiça e, numa reviravolta funesta, entramos na década obscura da desestruturação da moral e do início da corrupção brasileira com o governo petista. Por favor! Nada mais falacioso e incoerente.


Os meios de comunicação, suportados pelos insurgentes revoltosos das redes sociais querem fazer crer que o atual Partido do governo e sua base aliada fundaram a corrupção brasileira. E que “nunca antes na história brasileira se viu tanta corrupção”. Fato é que, realmente nunca se viu tanta corrupção. Mas, isso não quer dizer que ela não existisse.


Com meu discurso, não pretendo escusar os políticos que afundam a nação com suas ações corruptas e com sua ignomínia. Tenho certeza que as duras penas que a lei reserva devam ser aplicadas com rigor sobre todos os corruptos e corruptores. Mas, desejo convocar o leitor a refletir. Nosso clamor por justiça e pelo fim da corrupção é realmente um grito de indignação ou somente uma lamúria idiota e hipócrita de um povo que reclama daquilo que ele próprio pratica? Seriam os arautos da justiça que convocam os insatisfeitos ao protesto público os bastiões da virtude ou somente parte do mesmo povinho bunda que tenta a todo custo ganhar sem trabalhar e conseguir vantagem à custa alheia?


Os que elevam a voz em indignação devem ser os mais limpos. Mas nossa “brava gente brasileira” está muito longe de ser pura e incólume. Bradamos por justiça enquanto fraudamos nossos impostos de renda. Falamos mal dos larápios do governo e pagamos propinas para funcionários públicos para nos beneficiar. Estacionamos em vagas destinadas a idosos e deficientes, compramos produtos piratas, falsificamos notas fiscais, mentimos, omitimos e inventamos para deixar de pagar alguma taxa ou valor. Colamos em provas, enganamos nossos clientes. Cobramos mais caro, fraudamos documentos de identificação estudantil para pagar meia entrada, roubamos e corrompemos tanto quanto os políticos dos quais tanto temos ódio. Somos uma corja travestida de nação. Nos orgulhamos em ganhar sem trabalhar. Trabalhamos pouco e queremos muito. Queremos a todo custo arrancar pela via da "justiça" tudo o que pudermos do nosso empregador e também do nosso empregado. Roubamos pouco porque não temos oportunidade de roubar mais. Afinal, os políticos que hoje ocupam cargo público vieram do povo. Eram profissionais liberais, empresários, operários e intelectuais. Porém, corruptos em sua essência. Não se tornaram corruptos ao adentrar os pórticos da vida pública. Mas, são canalhas de nascença. Possuem no seu DNA o gene da vantagem, do jeitinho brasileiro. Enfim, são simplesmente exemplos típicos do povo.


Aos que pretendem levantar as tochas e forcados em uma marcha pela justiça, Não desestimulo. No entanto, aconselho antes tirar a trave do próprio olho. Iniciemos a maior manifestação contra a corrupção que este país já viu. Não com faixas e gritos de ordem, mas com uma mudança profunda nas raízes da nossa cultura ética. Quanto mais encontrarmos corrupção, mais honestos nos tornemos. Assim, somente assim, talvez exista alguma chance de contaminarmos nosso vizinho com o vírus da honestidade. Com isso, faremos jus ao moto de nossa bandeira e nos tornaremos uma nação onde impere a Ordem e Progresso e não mais a hipocrisia e a falácia.


Beto Campos.


 
 
 

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